Tento todo dia reinventar minha cartografia,
Subvertendo as forças que coreógrafos não autorizados
Tentam permanentemente impor ao meu corpo.
Meus passos
Eu mesmo os faço.
Meu tango
Eu mesmo danço
Sempre no meu compasso.
E neles todos os dias desapareço.
Dreno angústias e tristezas
Numa incessante afirmação erótica.
Busco entroncamentos vitais com outros destinos
Que se constroem ao azar de uma estética da alegria.
Às vezes, infelizmente, o que eu encontro
São paragens frias de pesados trens.