Minha praça
Tem os balanços pendurados no céu,
Caminhos em macias nuvens
Que refletem a luz do sol
Brotando sob a calçada.
As moças todas andróginas,
Sentadas em meus balanços,
Dispensam seus olhares
Para os paralelepípedos
Que compõem o firmamento.
Por toda a praça
Há chaves subterrâneas
Que minhas mãos procuram incessantemente.
Sei que não há raízes
Nem jardins com velhos brincando.
Ijuí, 04∕03∕2013.